sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Brincartistas em Olinda, na Semana da África

Oficina na Semana da África

com Luana Di Lua e Teresa de Lucena
(só faltou o Marco Binatti) no Centro Cultural Off Broadway em Olinda, em 15 de fevereiro de 2014



Nesta oficina, além da confecção de brinquedos, também contamos histórias, entre elas a História da Criação do Mundo, de Renato Bê-á-bá, da Escola do Bê-á-bá de Angola, Malta dos Guris e das Gurias de Rua; a História da menina e do barril, história tradicional da Tanzânia e a História de uma Manhã, de Lydia Hortélio,  que foi mostrada, pois é uma história com imagens...

Confeção do Barangandão Arco-Ìris, brinquedo ensinado por Adelsin, que a ele foi ensinado por meninos na Bahia
(Tem um livro escrito por Adelsin, só com brinquedos ensinados por meninos, que tem o nome deste brinquedo)




Confecção de Bonecas






Gilberto, Elisabete, Luana Di Lua e Morena Rosa

Confecção de Mandala coletiva, inspirada na arte africana


Apresentação do livro de Lydia Hortelio - História de uma Manhã 





Fotos de Teresa de Lucena e Luana Di Lua, na Pousada Casa de Hilton e nas ruas de Olinda e Recife












Baobá no Centro de Recife, na Praça da República
- A Semente que veio da África, é um livro que usamos nas Oficinas, que conta várias histórias do Baobá -





Giuseppe Baccaro, Elisabete Baccaro e Teresa de Lucena

 Elisabete Baccaro, Giuseppe Baccaro, Morena Rosa e Teresa de Lucena




Curiosidade

O Centro Cultural funciona em uma bela e antiga casa, que fica ao lado da residencia de Giuseppe Antonio Baccaro e sua esposa, que participou da Oficina. Ele também fez uma breve visita à nossa oficina.


Giuseppe Baccaro nasceu em Roccamandolfi, Itália 1930 e atualmente mora com sua esposa Elisabete em Olinda. 

Marchand, galerista, colecionador, pintor e desenhista. Chega ao Brasil em 1956. Sua primeira atividade é editar um jornal para a colônia italiana de São Paulo, o Progresso Ítalo-Brasileiro. Nele, há uma sessão de arte, assunto pelo qual logo se interessa. Conhece Flávio de Carvalho (1899-1973), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964), os quais, segundo ele, encontra esquecidos em suas casas. Inaugura sua primeira galeria em 1962, na rua Augusta, com uma exposição do pintor naif Heitor dos Prazeres (1898-1966). 

Baccaro adquire diversas obras, de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Victor Brecheret (1894-1955), entre outros. Ele é responsável pela volta à circulação da produção de vários artistas. Nesse sentido, seu nome está ligado à obra de Ismael Nery (1900-1934). Em 1965, cinco telas de Ismael foram incluídas na sala especial Surrealismo e Arte Fantástica da 8ª Bienal de São Paulo. A partir de 1966, quando há uma individual póstuma do artista na Petite Galerie do Rio de Janeiro, Baccaro e o marchand Francisco Terranova passam a difundir sua obra. Em 1967, Baccaro publica um artigo sobre o artista no único número da revista surrealista A Phala. Ainda nessa década, Baccaro, em conjunto com o marchand Benjamin Steiner, adquire um lote de 400 desenhos de Nery. Boa parte deles é vendida a colecionadores particulares paulistas. Em 1974, Baccaro é curador da mostra Ismael Nery - 1900 - 1934, que acontece no Museu de Arte de São Paulo Assis de Chateaubriand (Masp), com 104 desenhos do artista. Segundo a historiadora e crítica Aracy Amaral, a apresentação que Baccaro escreve é sensível e mística, condizente com Ismael.2

Em 1966, Baccaro torna-se sócio de Pietro Maria Bardi (1900-1999) na galeria Mirante das Artes, localizada na esquina da rua Estados Unidos com a rua Augusta. No mesmo ano, funda a galeria Art Art, que, em seguida, passa às mãos do marchand Ralph Camargo. Este último é iniciado na carreira de galerista pelo italiano: "Baccaro é o marchand que eu mais respeitei, pela sua originalidade, força e conhecimento. Ele foi o inventor do mercado de arte no Brasil".3 Mas Baccaro não se restringe à atividade de galerista: em 1968, expõe seus desenhos na Petite Galerie, Rio de Janeiro. No final da mesma década, a Galeria Art, São Paulo, expõe guaches de Chico da Silva (1910-1985). No modesto catálogo, Baccaro escreve um longo texto sobre o trabalho e sobre o artista.

Por volta de 1970, muda-se para Olinda, Pernambuco. Diz: "Eu estava cansado de vender obras caras para colecionadores ricos. Não é possível que 90% dos acervos no Brasil estejam em mãos de colecionadores particulares enquanto os museus estão à míngua"4  Ali, funda a Casa das Crianças de Olinda, instituição para crianças carentes. Em 1999, calcula-se que 200 crianças por ano são beneficiadas.5  Em 2001, cerca de 21 mil crianças haviam recebido apoio da instituição.6  Para financiar a construção da sede da instituição, Baccaro se desfaz de uma parte de seu acervo. O terreno é comprado com a renda obtida pela venda de 120 quadros de Ismael Nery. 

Em Olinda, ele continua a atividade artística. Em 1986, expõe pinturas no Masp. E, no final dos anos 1980, integra o Atelier Coletivo, com Gilvan Samico (1928), Luciano Pinheiro (1946), Eduardo Corrêa de Araújo (1947), Guita Charifker (1936), José Cláudio da Silva (1932) e José de Barros (1943). Na primeira mostra do ateliê, a venda das obras é destinada à Casa das Crianças de Olinda e ao Movimento dos Meninos e Meninas de Rua de Pernambuco. Em uma exposição de 1990, Baccaro apresenta a pintura a óleo Morro, do mesmo ano. Um morro, contra um céu laranja, possui divisões mais ou menos geométricas feitas por linhas grossas de tinta escura e empastada e preenchimentos também empastados em cores avermelhadas ou verdes. Está entre a figuração e a abstração.

Para saber mais sobre Baccaro http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=13554&cd_idioma=28555&cd_item=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário